Disco traz participações de Pabllo Vittar, Péricles e Bonde do Tigrão.
Foto: Kevin Rodrigues.
A cantora PRISCILLA acaba de lançar seu álbum autointitulado. “Tem tudo de mim aí: rasa, profunda, farofa, cult, caricata, natural. Porque ser GENTE é ser um monte de coisa ao mesmo tempo ou uma coisa só de cada vez e, dessa vez, eu escolho ser assim”, já havia adiantado aos seguidores em suas redes sociais.
O primeiro single Quer Dançar, um feat com Leandrinho do Bonde do Tigrão, lançado no final de 2023, foi responsável por trilhar os novos desafios da cantora, de fazer um som apontando para o futuro sem ser alheio ao que é produzido atualmente. O passo foi tão certeiro que a faixa alcançou mais de 850 mil visualizações em apenas 24 horas. Além de ser indicado a premiações internacionais pelo videoclipe, onde a cantora surge ruiva, acompanhada pelos D-AMANTS, grupo de quatro bailarinos que também usam cabelos vermelhos e foram incorporados às apresentações e toda aparição pública da artista, como uma extensão dessa nova persona recém-descoberta.
E toda essa estratégia inicial foi também um ponto de reflexão para Priscilla. Se ela pudesse refazer o plano de lançamento, talvez não tivesse se antecipado para apresentá-la ao público. "As faixas funcionam individualmente, mas elas só fazem sentido dentro da obra. Suponho que essa será a primeira vez que as pessoas vão realmente entender a musicalidade que vou representar dentro do pop", aponta.
Outra consideração muito importante que surgiu na construção do faixa a faixa é que Priscilla ouvia muito dos fãs que a artista do show não era a mesma do estúdio. Pronto! Mais um desafio dado. “Tá errado isso. Quero que as pessoas ouçam meu álbum e reconheçam a mesma artista do palco. Um dos grandes objetivos para este álbum é que me represente como eu sou no palco”, pontua.
Pensando nisso, o enredo foi fortemente calcado em uma carga musical com inúmeras possibilidades, mostrando uma Priscilla multifacetada muito a vontade nas diferentes nuances propostas.
Com climas, dividido com transições para que uma música se comunique com outra, apesar da versatilidade. “No álbum inteiro as músicas se comunicam entre si. Eu quis trazer a mesma formatação de show que eu faço. Estou ansiosa para as pessoas ouvirem do início ao fim, sem passar, para não perder nada da experiência”, diz.
Apesar de entender perfeitamente o momento do mercado fonográfico e a forma de consumir música por meio de singles, Priscilla propõe que as pessoas voltem a ouvir álbuns. “Gosto de dar tempo para a construção de uma obra porque acredito que só isso é capaz de representar um artista em todas as suas vertentes. Gosto da consistência das obras. É onde me sinto à vontade para mostrar minhas ideias”, diz.
Idealizadora do projeto desde a concepção, Priscilla contou com algumas colaborações, como Carlos Bezerra, renomado produtor do universo pop e indicado ao Grammy Latino. Dentre os feats, além de Leandrinho do Bonde do Tigrão, aqui já citado, em Bossa ela divide os vocais com Péricles e em 10/10 com Pabllo Vittar. Nesse último, a inquieta Priscilla propôs a parceria com o álbum já pronto. Para surpresa dela, Pabllo topou prontamente e, mais uma vez, a faixa foi refeita para ficar do gosto de PRISCILLA.
Sem medo de errar, ela sabe que a obra já deu certo e arrisca dizer que os fãs não vão conseguir ouvir as músicas isoladas. “Eu confio na obra, estou satisfeita e esse álbum só tinha que existir. Ele vai cumprir o papel dele como ele quiser”, finaliza.
Commentaires