Rachel Reis lança ‘Divina Casca’, um dos melhores - se não o melhor - álbum de 2025: “brilhante, acolhedor e brasileiro”
- Arthur Anthunes
- há 9 minutos
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Brilhante, acolhedor, leve e acima de tudo, brasileiro, ‘Divina Casca’ mistura samba, reggae, MPB, eletro pop e pagodão baiano.

Rachel Reis para o álbum 'Divina Casca'. Foto: Érico Toscano.
Ainda estamos caminhando para o mês de maio, mas já podemos dizer que até aqui, ‘Divina Casca’, de Rachel Reis, é o álbum mais interessante de 2025. Utilizando referências a bell hooks e Jorge Ben Jor, Rachel coloca o amor como uma ferramenta de ação, muito mais do que um sentimento, é uma prática que exige que precisa ser nutrida conscientemente. Essa métrica conduz todas as faixas do disco.
Com 15 faixas e participações cuidadosamente pensadas como Psirico, BaianaSystem, Nêssa, Don L e Rincon Sapiência, o projeto marca um novo capítulo na carreira já aclamada de Rachel, exaltando sua jornada pessoal e artística com intensidade, sensibilidade e verdade.
Brilhante, acolhedor, leve e acima de tudo, brasileiro, ‘Divina Casca’ Mistura samba, reggae, MPB, eletro pop e pagodão baiano. Ao longo do álbum, a cantora mergulha nas dores e delícias de processos de autoconhecimento, com letras que dançam entre o ancestral e o contemporâneo.
“Divina Casca é sobre sentir na pele cada parte da jornada. Trata-se de abraçar as feridas e reconhecer o poder de transformação que há nelas”, afirma Rachel. “É sobre a casca que carrego e que me envolve, sobre a pessoa em que me transformei. Cada marca na pele me trouxe até aqui.”
Rachel também faz questão de lembrar que essa caminhada nunca foi solitária. “Sempre tive a sorte e a alegria de contar com pessoas incríveis que estão comigo desde o começo. Estão muito próximas, quase como se fossem uma família, de verdade.” Para ela, o amor-próprio, tema central do disco, é um processo coletivo: “Não é algo que a gente simplesmente olha no espelho e diz: ‘ah, eu me amo’. A gente precisa nutrir e ser nutrida. Isso não tem a ver com dependência, tem a ver com construir uma relação de afeto com a gente mesma, e isso envolve o outro.”
Inspirada, entre outros, pelas ideias da escritora bell hooks, Rachel tece uma narrativa que é ao mesmo tempo pessoal e universal, íntima e expansiva. Um convite ao acolhimento das marcas que nos tornam quem somos.
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